Por Lílian D’ Araújo Corrêa
@Lydcorr
Artista, trabalhador incansável, compositor e poeta, Rui Machado é várias personagens e um só corpo. Como se nada mais pudesse ser, é também uma entidade que desfila sua arte entre nós há 40 anos. E, para comemorar esse feito, o artista plástico terá, não apenas um dia de festa e celebração, mas vários eventos em sua homenagem. E, para falar sobre isso, o Trends JC convidou o artista e sua amiga e assessora Mazé Mourão, para um bate-papo alegre e emocionante, nesta quarta-feira (20), diretamente dos estúdios do JC.
Na bancada do Trends JC, eles falaram como vai ser o evento que acontecerá no próximo dia 18 de agosto, no Teatro Amazonas. A comemoração vai começar com um espetáculo “Acordes Visuais”, em que o artista Rui Machado receberá outros artistas para uma grande festa. Ao todo, são 40 anos de trabalho com as artes plásticas e 25 anos como compositor.
“Não é todo dia que fazemos 40 anos de carreira. Achei que eu merecia brindar com um grande espetáculo”, afirma o artista, contando que no evento haverá espaço para as artes plásticas, música e performance.
A celebração começa na entrada do Teatro Amazonas. Rui Machado preparou um hall de artes com 12 telas feitas especialmente para essa ocasião. “Todas essas peças têm a temática do Teatro Amazonas. Isso porque esses 40 anos de trabalho começaram exatamente no hall do Teatro Amazonas, em 1982”, lembrou Rui.
Já dentro do teatro, a festa continua com a Orquestra Filarmônica, sob a regência do Maestro Marcelo de Jesus, tocando as diversas composições feitas por Rui ao longo de 25 anos como compositor. A cantora Márcia Siqueira será a estrela maior e outros convidados como David Assayag, Lucilene Castro, Valdo Cavalcante e Mailson Mendes também abrilhantarão a festa.
“É tão importante as pessoas darem valor à vida. É uma gratidão. O que o Rui está fazendo é isso. Ele está sendo grato à vida e à cidade de Manaus, que sempre esteve reconhecendo seu trabalho, possibilitando alcançar o mundo com sua arte”, avaliou Mazé Mourão, amiga e assessora do artista, mais uma vez convidada pelo Trends JC para compor a bancada.
O evento contará com arte ‘da cabeça aos pés”. Além de uma exposição de peças inéditas na entrada e música no salão, os artistas convidados estarão usando figurinos com estampas de quadros de Rui Machado. “Esses figurinos estão sendo feitos pelas costureiras da Secretaria de Estado da Cultura e será uma das surpresas do evento”, disse Rui.
Outra surpresa que o público convidado receberá é um livreto, com depoimentos que o artista recebeu durante sua trajetória. Nesse livro, há depoimentos de pessoas como Nélida Piñon, imortal da Academia Brasileira de Letras; Márcio Souza, escritor amazonense; Bia Doria, artista paulista; Consulado de Portugal, Virgílio Viana, presidente da FAS; Davi Kopenawa, liderança do povo Yanomami, entre outras personalidades. “Fiquei muito feliz com essa parte dos depoimentos sobre como as pessoas veem minha arte. Já estou me emocionando ao ler os textos enviados e esse livro será o meu presente para os amigos”, revelou Rui.
Apesar de ter um evento gigantesco já marcado para o dia 18 de agosto, Rui Machado ainda acha pouco. Durante a entrevista, ele entregou que já tem mais duas exposições marcadas para esse ano, ainda como parte de sua celebração. “Nesse meu ano de celebração, vou fazer mais uma exposição para outubro e outra para dezembro e ainda tem o salão da Academia Amazonense de Letras, no qual vou participar. Aí encerra meu ano de celebração”, lembrou Rui.
Mazé Mourão lembrou da parceria de uma vida inteira de Rui Machado e José Carlos Portilho, de onde saíram vários sucessos de toadas de Boi Bumbá, como “Navegante do Folclore”, de 1997, incluída entre as 100 melhores toadas de boi e ainda “Tempo de Festa”, de 1998, música da cunhã-poranga de 1999 e “Vaqueiros da Floresta”, que todo ano toca na arena. “São músicas consagradas que ele fez com diversas parcerias de peso e até hoje são reconhecidas pelos brincantes de boi”, lembrou.
Rui Machado nasceu artista e trabalhou muito para construir uma vida dedicada às artes. Caminhou pelas estradas das artes visuais, sem deixar de parar nas estâncias da poesia e da música. Bebeu da água das lendas amazônicas e levou a temática regional aos grandes museus e galerias do mundo. Ecoa versos no bumbódromo de Parintins até hoje e coleciona sucessos. Ele agora só quer desfrutar de tudo o que construiu e continuar a trabalhar. “Quero só celebrar e celebrar e ser grato ao universo por sempre conspirar a meu favor”, conclui o artista.
E durante a entrevista, aproveitamos a presença da jornalista, empresária, colunista do JC, Mazé Mourão na bancada e batemos aquele papo também sobre outras coisas. Mas, isso, é outra história. Acesse a entrevista na íntegra nas redes do JCAM Streaming. Te esperamos lá.
Fonte : Jornal do Commercio