Manaus (AM) – Artista plástico, compositor e poeta, o manauara Rui Machado é homenageado com a exposição “Rui Machado: uma trajetória de cores”, que fica em cartaz até o dia 19 de julho, no Museu Amazônico, em Manaus. A exposição é composta por obras do artista, prêmios e artigos doados de seu acervo pessoal para a biblioteca do museu.
Sobre a ideia de ter uma exposição que conta sua trajetória, Rui diz ter resistido no início, mas hoje enxerga a homenagem de forma diferente. “Foi uma das maiores homenagens já recebidas e agora eu tenho a plena certeza que o momento é sempre o agora, enquanto estamos vivos”, conta.
Como artista plástico, Machado já produziu mais de 25 exposições individuais e participou de mais de 80 coletivas. Suas obras foram expostas em eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, e que ficou conhecida como Rio-92, um dos maiores eventos ambientais do mundo.
“Para o evento na Rio-92 pintei um painel de 5 x 1,5 m, que foi o maior que já pintei até hoje. Toda exposição tem a sua importância, a mais importante é sempre a do momento presente”, explica Rui Machado.
Com uma carreira produtiva em vários campos artísticos, Machado tem músicas gravadas pelo Boi-Bumbá Caprichoso e grupos como Carrapicho, Raízes Caboclas e Márcia Siqueira. Sobre a cantora, ele diz ser “a voz mais linda que eu já ouvi”.
O artista plástico também é o vencedor mais recente do Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani), pela música “Por um triz”, composta em parceria com o violonista Valdo Cavalcante.
“Eu gosto e produzo arte. Dependendo da minha inspiração e do momento, pinto, escrevo e até já fiz esculturas. Na música, participo com minhas poesias, nas quais são colocadas músicas por alguém que seja o parceiro na canção. Nunca tive a intento de ser compositor, tudo foi fluindo, em função das pessoas gostarem do que escrevo e musicarem”, diz Machado, sobre sua versatilidade artística.
Suas doações etnográficas e bibliográficas para o Museu Amazônico surgiram a partir de um antigo sonho de Machado: criar um museu.
“Eu decidi mudar de ideia e doar para o museu, pois ali com certeza mais pessoas terão acesso, e enriquecerei uma instituição importante no contexto homem, história e floresta”. Entre suas centenas de doações para o acervo do museu está um exemplar autografado do livro “A Selva”, do escritor português Ferreira de Castro (1898-1974), com ilustrações de Cândido Portinari (1903-1962).
Sobre atividades futuras, o artista cita planos de uma exposição com trabalhos inéditos ainda em 2019. “Continuo escrevendo, compondo, apaixonado por Manaus e pela Amazônia, sempre seguindo em frente e construindo minha história”, afirma.
A trajetória artista de Rui Machado está exposta no Museu Amazônico
O que é?
Exposição – “Rui Machado: uma trajetória de cores”
Onde: Museu Amazônico (Av. Ramos Ferreira, 1036 – Centro)
Quando: até 19 de julho
Horário: Segunda a Sexta (de 8h30 às 11h30 e de 13h30 às 16h30)
Entrada gratuita
As obras de Rui Machado têm uma identidade pelas cores amazônicas
Fonte : Amazônia Real