MANAUS – | O artista plástico, poeta e compositor amazonense Rui Machado comemora 40 anos de artes plásticas em 2022. São milhares de obras que ganham vida em quadros, capas de CD, livros e estampas de camisetas. Todas em estilo livre, “como a própria arte deve ser” e como ele mesmo define.
Para celebrar esse momento tão simbólico em sua carreira, que inclui também 25 anos de música, ele pretende organizar um grande evento, no próximo ano, unindo as duas paixões. “Ainda não tenho data, nem lugar agendado, mas já comecei a planejar”, declarou Rui Machado, compositor de várias canções interpretadas por artistas amazonenses, como Márcia Siqueira, Lucilene Castro, David Assayag e Arlindo Jr, entre outros.
Além dessa celebração, Rui comemora o fato de sua arte ter sido exposta de forma virtual, na COP-26, realizada em Glasgow, na Escócia, em novembro deste ano. Foram cinco obras que ilustraram a “Agenda pelo Desenvolvimento da Amazônia”, documento apresentado durante a participação da rede “Uma Concertação pela Amazônia”, grupo que busca soluções para a conservação e desenvolvimento sustentável da região.
O também poeta e compositor explica que, até a chegada ao exterior, o percurso foi trilhado um pouco antes, em novembro de 2020, quando foi procurado por Fernanda Rennó, representante do Instituto Arapyaú, de São Paulo. “Ela disse buscar na arte não apenas ilustração, mas também informação, e ter sido o meu trabalho um dos primeiros a lhe chamar atenção, pela riqueza de tudo que despertou nela, por quebrar estereótipos, por ser uma arte livre que ultrapassa até a mim mesmo”, relatou.
A partir daí, iniciou-se uma grande parceria com reunião virtual, sempre para debater sobre a arte e paixão pela Amazônia, fortalecendo os vínculos e propiciando a participação de obras do artista na Revista Página 22, além de imagens incluídas no Relatório de Atividades 2020 do Instituto Arapyaú.
Em setembro deste ano, Rui Machado teve obras expostas na maior conferência global sobre o Bioma Amazônia, em galeria virtual nos dias 22 e 23, no Global Landscapes Forum (GLPF). Foram selecionadas 10 imagens e, em novembro, veio a participação na COP-26.
Um dos trabalhos mais conhecidos de Machado, o Muiraquitã, pode ser visto por meio de estampa, na Manart Galeria, coletivo de artes visuais. A obra original foi adquirida por Cláudia Bernardino, uma de suas clientes especiais e que preza pela cultura local.
Na galeria também fazem parte os artistas plásticos Turenko Bença, Hadna Abreu, Otoni Mesquita, Priscila Pinto, Francimar Barbosa, Rubens Belém, Marieta, Jair Jacqmont, Jandr Reis, Rakel Caminha, Arab Amazon e Eliana Chaves.
São camisetas, cadernetas e máscaras com a estampa do amuleto de forte apego para os indígenas. “É mais uma vitrine para a minha arte. Eu já havia estampado camisetas e feito um desfile da grife Bemditas, da estilista Sônia Jinkings. A Lucilene Castro também usou minhas estampas no figurino da gravação do seu recente DVD”, destacou.
Sobre uma nova parceria e colaboração em projetos futuros em conjunto com os outros artistas que também fazem parte da Manart, Rui Machado disse que ainda não chegou a ser pensado nada sobre o assunto. Mas, para quem é apreciador de suas obras, é bom sempre ficar atento para não deixar de conferir nenhuma novidade.
Fonte : Canal Três