A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) acaba de inaugurar o seu novo anexo. O espaço conta com um auditório – batizado com o nome de Dona Lídia Parisotto – e um ambiente destinado a exposições e mostras de artistas locais. No momento, encontra-se no local parte do acervo de bancos indígenas do artista plástico Rui Machado. A visitação acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Ao todo são 32 bancos indígenas, de várias etnias, do Xingu e da Amazônia, os quais foram adquiridos por Machado ao longo de sua vida. “Coloquei também nas paredes duas mantas Kaxinawá, que são de índios do Acre. Elas são feitas de algodão”, explica o artista plástico. O Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi quem emprestou os módulos para a composição da mostra.
Fachadas
Além destes, ele conta dois quadros de sua autoria, intitulados “Pontas de flechas Yanomami” e “Novelos de Tucum”, reproduzidos nas fachadas dos prédios da FAS. Sobre essa homenagem, o artista diz: “É muito bom isso, porque se deve fazer algo para a gente enquanto estamos vivos. Quando teve a inauguração do prédio veio o Luiz Furlan (ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), aí o presentearam com um quadro meu”. A tela a qual se refere o amazonense é a “A última gota”, que utiliza a técnica de acrílica sobre tela (50 cm x 100 cm).
De acordo com Isandra D’Ávila, coordenadora executiva da FAS, o trabalho de Rui foi escolhido porque traz um conceito de sustentabilidade, algo que é desenvolvido nas unidades de conservação em que atua a fundação, além de ser uma maneira de homenagear os artistas da região. A mostra fica em cartaz até o dia 30 de abril, após isso, provavelmente, será feita uma exposição de fotografias.
Fonte : Rafael Seixas / ACrítica